segunda-feira, dezembro 20, 2004

apjr

escuta aqui

ALVARO PEREIRA JUNIOR

Os quase melhores
"Escuta Aqui" ja deu seus pitacos na lista de melhores do ano do Folhateen
(leia as pags. 6 e 7). Mas nao coube tudo la. E muita coisa bacana rolou em
2004 que tambem merece ser citada.
"We're All Sluts of Trust", Sluts of Trust. Cru, pagao, duas pessoas que
produzem barulho por duzentas, uma dupla que faz os White Stripes parecerem
os Carpenters. Assim a critica internacional qualifica o trabalho dessa
fantastica dupla britanica. Ainda da tempo de ir atras.
"A Grand Don't Come for Free", The Streets. O rapper ingles Mike Skinner
tem o sotaque "working class" mais legal do leste de Londres, e faz poesia
intrincada sobre ficar em casa, brigar com a namorada, ver TV e fumar
maconha. Melhor letra: "Estou ligado que voce e nota oito, nove/ Ou ate
nove e meio, daqui a umas quatro cervejas". Arte.
"Hu Huh Her", PJ Harvey. O nome de disco mais ridiculo do ano esconde
pequenas joias de aflicao urbana e caminhos que nunca se cruzam. Vinde a
nos, PJ (outra vez).
"Wicker Park". Trilha sonora de um filme sobre desencontros amorosos em
meio a ventania de Chicago. Tem Mazzy Star, Snow Patrol, Mogwai, Death Cab
for Cutie...Mais indie, impossivel.
"Let's Bottle Bohemia", The Thrills. Flower power eletrificado para os
bisnetos do verao do amor. Quem falou que nao existe hippie moderno?
"Festa no Ape", Latino. Em meio ao cabecismo esteril que aprisiona a MPB,
uma fresta de descontracao e essa musica do Latino, com versos ja fincados
na historia: "Hoje e festa la no meu ape / Pode aparecer, vai rolar
bundalele". Dez.
The Like. Banda de meninas de Los Angeles que so tem tres EPs lancados.
Veja o site e confirme que a idade e baixa, mas o som e adulto:
www.ilikethelike.com .
woxy.com e indie1031fm.com. As duas radios mais bacanas da paroquia mantem
o planeta inteiro informado sobre as ultimas da musica alternativa. A
woxy.com tem uma historia sensacional: ia fechar, fechou. Ate que ouvintes
cheios da grana investiram na parada e ressuscitaram a estacao, que agora
so transmite pela web.
"Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrancas". Nao poderia faltar um filme
nesta lista. Roteiro inteligente, complexo, mas sem truques. Bala. Tem mais
coisa, mas o espaco acabou de novo. See ya in 2005.

E-mail: cby2k@uol.com.br

PLAY - "Who Killed the Zutons", The Zutons
Se tivessem surgido nos anos 60, esses ingleses teriam sido escolhidos para
fazer a trilha sonora da serie "Agente 86". Esse e o vibe.

PAUSE - "No Cities Left", The Dears
Os Dears sao canadenses e, em disco, lembram os Smiths. Ao vivo sao mais
legais. O nome do album e lindo: "Nao Sobrou Nenhuma Cidade".

EJECT - Muse ao vivo
O choroso Muse esta lotando teatros em turne nos EUA. Um filosofo dizia:
"So a mediocridade humana nos da a verdadeira dimensao do infinito".


segunda-feira, novembro 29, 2004

apjr


ESCUTA AQUI

Como saber se uma musica e boa?
ALVARO PEREIRA JUNIOR

Na hora de mandar bala nos criticos de musica, uma acusacao
mancha como chumbo derretido: "Esses caras nao tem
argumentos, so dao sua opiniao pessoal".
Sao leitores revoltados contra decretos opinionistas de quem
escreve sobre musica. "Quem e esse cara para dizer que minha
banda preferida e uma porcaria? Quem ele pensa que e para
elogiar essa outra musiquinha tao horrivel?"
Ja pensei e li muito sobre o assunto. E a conclusao pode nao
agradar aos leitores mais criticos. De fato, em ultima
analise, o que um critico faz e expressar suas opinioes. Pode
ser uma opiniao mais contextualizada, emitida com firmeza a
partir de uma visao historico-cultural. Enfim, pode vir
emoldurada em ouro, mas, no fundo, e so uma opiniao. Opiniao
pessoal.
Mas isso e papo de critico. Entao vamos as fontes, aos
musicos, caras que tem conhecimento tecnico para explicar o
que faz de uma cancao algo otimo ou pessimo.
Nas ultimas semanas, conversei com alguns nomes
especializados em belas cancoes. Primeiro, o grupo escoces
Franz Ferdinand, nos bastidores de um show em Londres.
Depois, a lenda Brian Wilson, fundador dos Beach Boys, um dia
depois de ele tocar em Sao Paulo.
Alex Kapranos, lider do Franz Ferdinand, acha que o grande
lance da banda dele sao as "catchy tunes", as cancoes que
grudam no ouvido. Perguntei como saber se uma melodia e
bacana, que criterios ele usa para compor. A resposta? "Nao
sei. E instintivo. E como quando voce ouve um disco e vai
pulando de faixa em faixa, ate achar uma que agrade".
Mas tudo bem, o jovem Kapranos ainda tem muito a aprender.
Vamos ao mestre das melodiais celestiais, Brian Wilson, 62
anos de lindas cancoes, praia e loucura.
"Mr. Wilson, o sr. contou que a primeira musica que o
fascinou era do grupo Four Freshmen. O que ela tinha de tao
bom?"
"Nao sei, ate hoje nao consegui entender por que fiquei tao
fascinado."
Vamos tentar de novo.
"Mr. Wilson, o que uma cancao precisa ter para conquista-lo?"
"Aquele batida do Phil Spector: tum-tum-tum-tum."
Voltamos ao inicio. Voce pode conhecer musica profundamente.
Pode saber de onde vem cada uma das influencias de um
determinado artista. Pode ate entender de tecnica musical
para analisar melodias e harmonias. Mas, na hora de dizer se
um som e bom ou ruim, nao resta mais nada. So voce e a
cancao.



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Alvaro Pereira Junior, 41, e editor-chefe do "Fantastico" em
Sao Paulo E-mail: cby2k@uol.com.br

CD PLAYER

PLAY - "Parachute Clubbing", Lesbians on Ecstasy
Juro que a banda existe e que essa faixa e um electro-samba.
Sao de Montreal. Sao mesmo lesbicas. Para os incredulos:
http://lezziesonx.com.


PLAY - "69 Police", David Holmes
Voce me autoriza a dar "play" para uma musica de... 2000? E
do genial DJ e produtor David Holmes. Imagine os Chemical
Brothers no auge. E melhor.


PLAY - "She Like Electric", Smoosh
Duas criancas (sao irmas) fazem electropop doce e conquistam
a cena "hip" de Seattle. Elas se chamam Asy, 12, e Chloe, 10.
Isso e lindo: www.smoosh.com


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segunda-feira, novembro 22, 2004

ENC: [alimentos90] apjr


ESCUTA AQUI

A melhor cancao gravada em 2004
ALVARO PEREIRA JUNIOR

C omo faltam poucas semanas para o fim de 2004, acho que ja
da para arriscar qual a melhor musica do ano: "LSF (Lost
Souls Forever)", da banda inglesa Kasabian. De um lado,
parece aquele rock viajante do final dos anos 80, tipo Stone
Roses. Por isso, da para dancar na pista. De outro, tem
aquele toque de submundo, na linha do Jesus and Mary Chain.
Serve para escutar em casa.
A letra nao faz sentido. Sinta so: "A polyphonic prostitute,
the motor's on fire/ Messiah for the animals" (Uma prostituta
polifonica, o motor pegou fogo/ Messias dos animais).
"LSF" faz o uso mais desavergonhado de um recurso barato:
vocais com muito eco no refrao. E o refrao... outra viagem,
olha so. "Ahhh, oh come on!/ We got our backs to the wall! /
Ah, Get on! / And watch out! / Sayin", yer gonna kill us
all!" (Ah, vamos nessa/ Estamos encostados no muro / Ah,
entra ai / E cuidado! / Dizem que voces vao matar todo mundo).
Gostaria muito de ver esses moleques ao vivo, para checar se
funcionam tao bem quanto em disco. Saiu no Brasil, pode pegar.
Mensagens de leitores, notas em revistas gringas, reportagens
em jornais americanos. E impressionante como todo mundo esta
falando da banda canadense Arcade Fire, que vem da provincia
de Quebec, um dos lugares menos rock'n'roll do planeta. Eles
gravam pelo selo Merge, que e do povo do Superchunk, banda
amiga de terras brasileiras. O album do Arcade Fire se
chama "Funeral", em alusao a pessoas proximas a banda que
morreram. E voce, tambem esta ligado na novidade?
John Peel, o grande DJ de radio ingles, morto ha algumas
semanas, esta na capa da nova edicao da "Word" . Legal ver
que a "Word" se liga no que acontece no mundo real, ao
contrario da similar "Uncut", que vai dar capa para o Pink
Floyd ou o Neil Young mesmo que o mundo esteja a beira da
extincao.
Sempre bom dar uma olhada nas faixas mais tocadas na
woxy.com, radio querida de "Escuta Aqui". Veja so: 1) "I've
Been Thinking", Handsome Boy Modeling School; 2) "Apple
Tree", Wolfmother; 3) "Sugar", Ladytron; 4) "New Health
Rock", TV On The Radio; 5) "On The Verge", Le Tigre;
6) "Woman", Wolfmother; 7) "Miracle Drug", U2; 8) "Safe in
Mind", UNKLE; 9) "George Eliot", Zykos; 10) "Crumbs for Your
Table", U2.
Pronto, o caminho das pedras esta ai. Agora e so correr
atras.

PLAY - "Kasabian", Kasabian
Inacreditavel uma banda tao jovem com tanta consistencia e
faixas realmente boas. Tem a maior cara de armacao de
produtor, o que deixa tudo mais interessante.

PAUSE - "Slow Hands", Interpol
E a faixa de trabalho do CD mais recente do Interpol. A banda
continua na cola do Joy Division e no estilo "freio de mao
puxado".

EJECT - "Abstract Dragon", Black Rebel Motorcycle Club
Lado b de um single do BRMC, banda bacana. Mas essa musica...
cuidado! Tem 12 minutos, e nada que se pareca com uma letra
ou uma melodia. Nao vale a curiosidade.


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Alvaro Pereira Junior, 41, e editor-chefe do "Fantastico" em
Sao Paulo E-mail: cby2k@uol.com.br



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quinta-feira, novembro 18, 2004

nada surf

17/11/2004 horario: 22:37:06

Urbano - Sao Paulo - 13/11/2004

Foi uma noite memoravel, de celebracao e euforia para a confraria
alternativa paulistana. O trio americano Nada Surf praticamente lotou a
casa de shows Urbano (notoria por dedicar sua programacao quase que
exclusivamente as varias vertentes da black music como o rap e o hip hop, o
que causou certa confusao em frequentadores mais desavisados e que nao
consultaram com antecedencia no site do local qual seria a atracao daquela
noite; com isso, nao foram poucos os que chegaram la em busca de musica
black e se depararam com um bando de garotos e garotas de tenis All Star e
vestindo t-shirts de bandas como Pixies, Nirvana, Oasis, Placebo,
Portishead, Suede etc.) no ultimo sabado, na abertura de sua turne pelo
Brasil - que prossegue esta semana, ate sabado, quando a banda ainda toca
em Curitiba (hoje, quinta-feira), Londrina (amanha, sexta) e Taubate (no
sabado).
Mais de oitocentas pessoas vibraram e pularam durante uma hora e meia com o
som enxuto, conciso, guitarreiro e com as melodias ora mais aceleradas, ora
mais lentas e melancolicas de uma das melhores bandas do rock alternativo
dos EUA na decada de 90. Uma banda que, por uma dessas conjuncoes injustas
e perversas do destino, nao se tornou tao "popular" quanto merecia, igual
ocorreu com Pixies, Sonic Youth ou Nirvana.
Pois o "cult" Nada Surf, surpreendentemente, veio ao Brasil e encantou.
Encantou pela simplicidade e poder de ataque e concisao de sua musica.
Encantou pela sonoridade indie guitar de musicas como "The Plan", "Happy
Kid" ou do seu "hit" "Popular". Conquistou o publico muito jovem que estava
ali, tocando um trecho incidental de "Love Will Tears Us Apart" (classico
eterno do imortal Joy Division) no meio de uma das cancoes. E, sobretudo,
mostrou que as faixas dos otimos albuns "High Low", "Proximity Effect" e
"Let Go" (que acaba de ser lancado no Brasil pelo braco fonografico da
produtora Inker/Squat, que trouxe o grupo ao Brasil) funcionam
maravilhosamente bem ao vivo, sendo executadas apenas pelo trio basico de
guitarra/baixo/bateria.
Todos se emocionaram com "Blizzard Of 77", com "Inside Of Love" (linda,
linda), com "Fruit Fly" e, principalmente, com "Blonde On Blonde", tocada
ja no bis e que encerrou o show deixando a molecada esperando a beira do
palco, como que suplicando para que o Nada Surf voltasse e tocasse mais um
pouco. Mas Matthew Caws, Daniel Lorca e Ira Elliot ja haviam dado o maximo
de si no palco do Urbano. E quem estava la sabia disso, pois todos exibiam
um largo sorriso de contentamento estampado em suas faces. Como diz o
titulo de uma das cancoes da banda, o Nada Surf transformou todos que
estavam ali presentes, ao menos por uma hora e meia, em "apenas garotos
felizes". E como.

Texto: Humberto Finatti
Foto: Marcos Bragatto (tirada na apresentacao da banda no Rio de Janeiro,
no dia 15 de novembro)






quarta-feira, novembro 17, 2004


Daniel Lorca, Nada Surf Posted by Hello

Nada Surf@Urbano Club, SP Posted by Hello

Ira, batera do Nada Surf Posted by Hello

segunda-feira, novembro 15, 2004

ESCUTA AQUI

Cenas de um festival
Ã?LVARO PEREIRA JÃ?NIOR

Uma das principais atrações do ramo jazz do evento -talvez a
principal delas- não gosta do público e pergunta: "Quanto
custa o ingresso para isso aqui? Deve ser barato, porque
nunca vi tanta gente feia e malvestida". Quanta simpatia...




Mani, baixista do Primal Scream, elogia o Brasil na porta do
camarim: "Tudo é perfeito: o clima, as praias, as mulheres,
as...." Não completou.
A divindade PJ Harvey, exausta após o show, sai de mãos
dadas com um tiozinho (dedos entrelaçados e tudo) rumo à van
que a devolveria ao hotel. Andando com dificuldade, ela
carrega no ombro direito uma sacola da melhor loja de discos
do mundo, a Amoeba, da Califórnia.



Figura do rock paulistano cruza com "Escuta Aqui" e
pergunta: "Aonde você vai?". Respondo: "Ao show do Primal
Scream". Ele: "Vou passar na Bebel Gilberto; se estiver
chato, vou pro Primal." Menos de cinco minutos depois, a
figura já está na platéia do PS.



Gary e John, do Libertines, circulam pelos bastidores
enlameados segurando xícaras de... chá.
Falando em Libertines, a platéia vibra loucamente na
primeira música. Na segunda, menos. Na terceira, as pessoas
começam a pensar na vida. Chega um momento em que só
o "núcleo duro" da base de fãs da banda -aqueles que
gostariam de qualquer coisa que rolasse- presta atenção ao
que está acontecendo. Os comentários se repetem: "Não é ruim,
é só chato", "Parece banda brasileira", "As músicas são muito
fracas". A velocidade com que a informação se propaga é,
hoje, um fenômeno tão interessante que, às vezes, a gente
esquece que, na hora de avaliar uma nova banda, o que conta
mesmo é a música. A rapidez com que os Libertines ficaram
famosos é mesmo assustadora, digna de estudo, mas isso não
faz deles um grande grupo. Eles não são nada -são mais ou
menos, uma banda qualquer. Como dizem lá longe: "Try harder
next time, guys".



Mancada em "Escuta Aqui". Na semana passada, escrevi que os
Delays, uma cópia contemporânea dos Cocteau Twins, têm "vocal
feminino". Leitores atentos avisam que aquela voz fininha é,
na verdade, de um moço, Greg Gilbert. OK, corrigido, mas, na
boa, esse Greg faz o �dson Cordeiro parecer o Jamelão.

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�lvaro Pereira Júnior, 41, é editor-chefe do "Fantástico" em
São Paulo E-mail: cby2k@uol.com.br

CD PLAYER

PLAY - Primal Scream ao vivo
Três guitarras, uma delas empunhada por Kevin Shields. � como
juntar três prêmios Nobel para resolver um problema de
física, sendo um deles Richard Feynman.

PLAY - Kraftwerk ao vivo
O mais legal é que eles são 100% anti-sociais. Outros músicos
do festival, loucos para conhecer os alemães, não conseguiram
conversar nem com os roadies do Kraftwerk!

EJECT - Libertines ao vivo
A culpa não é da banda. Jovens cheios de gás. Com músicas tão
fracas, nem a Filarmônica de Viena no auge, regida por Arturo
Toscanini, conseguiria fazer milagre.


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segunda-feira, novembro 08, 2004

TIM 2004

Impressoes gerais TIM 2004:

Kraftwerk: Mais de duas horas de show. Eu so tinha visto o finalzinho na
Coachella. Um classico emendado em outro. A galera urrando! Vale muito pelo
visual e postura "Germanica" dos caras.

Picassos Falsos: Vi a ultima musica. Nao tenho comentarios. Nao entendi o
que aquilo estava fazendo ali.

PJ Harvey: Animal! Os caras que tocam com ela tambem ajudam no peso. As
musicas crescem ao vivo.

Primal Scream: Parede de distorcao e peso vindo das guitarras. Muito mais
violento que nos albuns. Foi historico! Entra no top 10 de melhores shows
que presenciei. Chapei!! Valeu cada centavo gasto!

Brian Wilson: Obrigatorio. Apesar do clima retro, com muitos tiozoes
sentados nas mesinhas. Dali saiu muita coisa usada e abusada ate hoje.

Libertines: podia ser 10, podia ser ruim. Foi phoda! Outro caso onde as
musicas crescem ao vivo. Suadeira geral e clima bacana do Tim Lab.

Aqui o interessante era ver as "personalidades": Pitty, Champignon (CB Jr),
Marcao (CB Jr), MTV (Rafael, Leo Madeira, Edgar, Gastao, Caze), Jornalistas
(Massari, Paulao, Lucio Ribeiro, Thiago Ney)

Mars Volta: 30 segundos e o vocal estava estribuchando no chao. Sai no
comeco do show, eram mais de 2 da manha. Valia ver inteiro. sonoridade
parecida com o At the Drive in, porem um pouco mais psicodelica. As vezes o
cara parecia James Brown dancando. Impossivel ser mais intenso. Quero
conferir o Album.

Logo posto algumas fotos da parada toda!


quarta-feira, novembro 03, 2004

RE: apjr

 
-----Original Message-----
From: Guilherme L Tosi [mailto:guilherme.tosi@uol.com.br]
Sent: terça-feira, 2 de novembro de 2004 12:36
To: Alimentos90 (alimentos90@yahoogroups.com)
Cc: 'eramos@kerrybrasil.com.br'; 'tosi.7051@blogger.com'
Subject: apjr

The Kills é matador

Ã?LVARO PEREIRA JÃ?NIOR

"Desculpe, perdi meu microfone." � a única frase trocada entre cantora e platéia, em meia hora de show. Minutos antes, pela enésima vez, ela havia derrubado o microfone. O equipamento nem caiu tão longe assim.
Se ela olhasse para o chão, à esquerda, o encontraria. Mas sabe-se lá em qual galáxia está a cantora. Para ela, a peça mergulhou em alguma fenda inacessível do espaço-tempo. Pediu desculpas ao público usando o microfone de seu parceiro.
São só eles dois e a platéia. A cantora é alta, morena, esconde o rosto o tempo todo atrás de longos cabelos negros. Já ele canta e toca guitarra. Ou melhor, não canta, urra. E não toca guitarra do jeito que a gente conhece. As notas saem do instrumento como espasmos sem rumo. Ele é baixo e usa o cabelo em tigela. Parece Mark E. Smith, da lendária banda The Fall, 30 anos mais novo.
Estamos em um show da dupla anglo-americana The Kills, que simplificou ainda mais a fórmula dos White Stripes. Se os WS têm só um homem, Jack, na guitarra, e uma mocinha, Meg, na bateria, os Kills precisam de ainda menos.
Ele, que usa o sensacional nome artístico Hotel, faz guitarra e vocais. Ela, VV, praticamente só canta. Toca guitarra em poucas canções. Máquinas substituem baixo e bateria.
O guitarrista e a cantora são, tudo indica, marido e mulher. Há uma brutal tensão sexual entre os dois. Os microfones (pelo menos enquanto um não desaparece) ficam de frente um para o outro. Hotel e VV cantam se olhando nos olhos, de lado para a platéia.
A música é blues/rock reduzida ao mínimo. Na última canção, VV se joga no chão, separa levemente as pernas, está entregue aos golpes de guitarra de Hotel, que toca ajoelhado no espaço onde as pernas se abriram.
Depois da última nota, ele se levanta bruscamente. Ela demora um pouco, agarra Hotel pela parte da frente das calças, como se quisesse mais. Acabou.
As 4.000 pessoas presentes à Brixton Academy, em Londres, lançam aplausos protocolares. O público, majoritariamente adolescente, estava lá para ver a banda de encerramento. Mas o que veio depois é uma história para as próximas semanas.
Por hoje, ficamos com The Kills. E pode acreditar: basta.



�lvaro Pereira Júnior, 41, é editor-chefe do "Fantástico" em São Paulo
E-mail: cby2k@uol.com.br

CD PLAYER

PLAY - The Kills ao vivo

"Escuta Aqui" já tinha elogiado os discos. Ao vivo é ainda melhor. Para os buscadores internéticos: o show foi em Londres, dia 28 de outubro passado. Procure já.

PLAY - Jandek ao vivo
Parem as máquinas! O ermitão maluco Jandek apareceu e tocou ao vivo, em Glasgow, (Escócia)! Não sei se foi bom. Mas ele ter aparecido em público já é histórico, incrível.

PLAY - Shows no Brasil
Nesta semana tem PJ Harvey, Primal Scream, Libertines e Kraftwerk. São Paulo e Rio - um pouco menos - vão ser Londres por alguns dias. Aproveite, não existe nada como rock ao vivo.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Hey Boy!


Irmaos!

Era minha primeira vez!
E logo em um estadio????!!!!!
Interessante chegar e saber que nao existia mais ingressos para pista. E
que ela estava tomada por gente!
Como e possivel uma dupla de amigos lotarem um estadio?
Nao ha banda. o som nao e o que costumavamos ouvir 10, 15 anos atras. Mas o
fato e que o estadio estava cheio. Ao menos o gramado. 30, 40 mil pessoas?

Chemical Brothers. Isso tudo ai escrito acima se explica quando o som
comeca. Ate mesmo nos shows de rock mais animados nao se ve tanta gente se
divertindo junta! Tao animada!
O som ajudou. Estava legal. Nem muito alto nem muito baixo. E
principalmente com qualidade.

A parafernalia eletronica produz um resultado surpreendente. No setlist
musica da coletanea lancada este ano.

A palavra que me vem a mente durante o show (seia esse o termo?) foi
tecnologia. Dizem que a tecnologia e perigosa por nos tornar mais
sucetiveis ao abismo causado pela frustracao. Eu entendo que ela nos
liberta! Imagine tudo isso que esta representado nesta geracao que veio ao
pacaembu ha 10 anos atras....ficaria sem sentido! Viva entao a geracao
digital. A geracao internet! Fantastico!

Hey Boy! Hey Girl!!!! the Bothers gonna work it out!!!



Star Guitar Posted by Hello

segunda-feira, setembro 20, 2004


Los Tres Amigos (em Maringá) Posted by Hello

Mais uma...... Posted by Hello

Lucio, recordar é viver.....e saudade não tem idade!!!! Posted by Hello

quinta-feira, setembro 16, 2004

apjr

ESCUTA AQUI

Ninguém merece
Ã?LVARO PEREIRA JÃ?NIOR

Breve lista de fatos e coisas musicais que ninguém merece.
1) Um festival bacana chegar ao Brasil cobrando R$ 80 de
entrada (pouco menos de um terço do salário mínimo). Seria o
mesmo que um festival nos EUA custar US$ 500 por dia (mais ou
menos um terço do salário mínimo de lá, que fica por volta de
US$ 1.500).
2) Discos legais serem "lançados" no Brasil, com os jornais
noticiando, mas, na prática, loja nenhuma ter os
tais "lançamentos".
3) Músicos de bandas de rock veteranas lançarem discos solo
de MPB (e fazerem finalmente o tipo de som que gostam de
verdade).
4) Arnaldo Baptista, dos Mutantes, ficar 20 anos sem gravar -
isso no mesmo país que deu ao mundo, de presente, os
Tribalistas.
5) No Brasil, electro ser tratado como gênero musical de
vanguarda.
6) Uma canção de sucesso -da ala "séria" da MPB- trazer os
seguintes versos: "Futebol sem bola/ Piupiu sem Frajola/ Sou
eu assim sem você".
7) Prêmios musicais em que as mesmas pessoas ganham todo ano,
trocam elogios e admitem mais um ou outro artista jovem, bem-
comportado e reverente, na panelinha dos que mandam na
cultura popular brasileira.
8) Poder contar nos dedos as estações de rádio bacanas do
país (em qualquer gênero musical).
9) Críticas musicais que você lê, lê e não consegue entender
(e sai com a impressão de que o cara não gostou do disco, mas
não está a fim de arrumar confusão e por isso soltou um texto
ininteligível de propósito).
10) Alguém lamentar que axé, pagode e sertanejo vilipendiaram
a MPB de qualidade e que "bom mesmo era antigamente".
11) Metal melódico.
12) A existência da Björk.
13) A existência da cantora dos Distillers, Brody Dalle.
14) O fato de a PJ Harvey não aparecer para tomar chope todo
dia na padaria aqui ao lado de casa.
15) Um clone de Los Hermanos em cada barzinho.
16) Dois clones de Charlie Brown Jr. em cada esquina.
17) Três clones de Racionais em cada quebrada.


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CD PLAYER

PLAY - "Por um Fio",
Drauzio Varella
Se você quer aprender a observar e a escrever sobre o que vê
e sente, leia esse livro, com atenção, uma, duas vezes. Não é
difícil. � sobre a morte. Boa viagem. Não se esqueça de
voltar.

PLAY - Prêmios para o
Franz Ferdinand
Já escrevi muita bobagem na vida, mas nenhuma maior do que
ter torcido o nariz para o primeiro álbum do Franz Ferdinand.
Agora, esses escoceses estão papando muitos prêmios. São
inovadores, merecem.

EJECT - "Baiana da Gema", Simone
Esse "eject" vai muito além da análise música por música. �
algo maior, é o conceito em si: esse é um disco de Simone com
Ivan Lins. Ninguém merece


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quinta-feira, setembro 09, 2004

apjr

ESCUTA AQUI

Uma rádio dos sonhos
Ã?LVARO PEREIRA JÃ?NIOR

Trocando uma idéia com "Escuta Aqui", uma lendária figura do
rock do Brasil fala de dezenas de assuntos, o principal deles
a lastimável situação da música nas rádios brasileiras.
Não quero apresentar soluções prontas (se as tivesse,
compraria uma rádio e ganharia rios de dinheiro), mas vale a
pena citar pontos da conversa. Afinal, como seria uma rádio
superbacana?
Como todo mundo sabe, 99,99% do que toca no seu rádio, hoje,
é jabá. Ou seja: as gravadoras pagam para que as estações
bombem as faixas "de trabalho" o dia inteiro. Durante
séculos, fingia-se que o jabá não existia. Todo mundo
ganhava, ninguém assumia. Hoje, fala-se mais abertamente,
embora não haja lei sobre o assunto.
Pois então: na rádio superbacana, pode ou não rolar jabá?
Será que, para provar que está longe dos trambiques, essa
emissora deveria chutar o balde, tocando só o que desse na
telha dos programadores?
"Escuta Aqui" e o roqueiro nacional estão de acordo: não dá
para transformar a programação em algo aleatório, que não
repete músicas só para provar independência.
� preciso ter alguma sistematização, algo a que o ouvinte se
acostume. Exemplo dessa linha "independente, porém com rumo"
é a sempre elogiada Indie 103, de Los Angeles
(www.indie1031fm.com). A linha-mestra é a seguinte: tocar só
as melhores faixas de cada disco. E que discos são esses?
Basicamente, os dos nomes "indie" que estão bem no momento,
mais clássicos alternativos dos anos 80 e 90.
A Indie 103 não torra a paciência apresentando uma mesmo
música 80 vezes. Mas também não embarca na piração total de
vasculhar o arquivo e tocar, no horário nobre, a faixa 15 de
um grupo de rock progressivo siciliano dos anos 70.
Mas, e o jabá? O que fazer com ele no Brasil? Buscar a pureza
total, ficando longe disso, ou aceitar a bagunça completa de
hoje?
De novo, será que não seria possível um meio termo? Alguma
regulamentação clara que explicitasse números e porcentagens,
que não deixasse dúvidas sobre quanto e para quem é preciso
pagar para que uma música toque? Ou será melhor manter a
hipocrisia atual, situação de fato que não encontra respaldo
no papel?



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�lvaro Pereira Júnior, 41, é editor-chefe do "Fantástico" em
São Paulo E-mail: cby2k@uol.com.br

CD PLAYER

PLAY - "Coração Envenenado", Dee Dee Ramone
Sonhos, sucesso, dinheiro, drogas, paranóia, morte. A linha
do tempo, tantas vezes repetida na história do rock, aparece
com clareza brutal nessa autobiografia de Dee Dee (1952-
2002), baixista dos Ramones. Leia e tente dormir.

PLAY - "Y Control", Yeah Yeah Yeahs
Aos poucos, descobrem-se pérolas em meio ao irregular
álbum "Fever to Tell" (2203), dos Yeah Yeahs Yeahs. Nessa "Y
Control", a vocalista Karen O mostra seu principal dote:
imitar o timbre e as inflexões da überdeusa Chrissie Hynde.

PAUSE - "Girls", Prodigy
Essa é a primeira música do álbum novo do Prodigy que toca em
rádios espertas mundo afora. Bacana, mas não há como não
pensar que o planeta talvez não precise mais do Prodigy,
grande banda que hoje soa cada vez mais datada.


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quarta-feira, setembro 08, 2004

apjr

ESCUTA AQUI

Uma rádio dos sonhos
Ã?LVARO PEREIRA JÃ?NIOR

Trocando uma idéia com "Escuta Aqui", uma lendária figura do
rock do Brasil fala de dezenas de assuntos, o principal deles
a lastimável situação da música nas rádios brasileiras.
Não quero apresentar soluções prontas (se as tivesse,
compraria uma rádio e ganharia rios de dinheiro), mas vale a
pena citar pontos da conversa. Afinal, como seria uma rádio
superbacana?
Como todo mundo sabe, 99,99% do que toca no seu rádio, hoje,
é jabá. Ou seja: as gravadoras pagam para que as estações
bombem as faixas "de trabalho" o dia inteiro. Durante
séculos, fingia-se que o jabá não existia. Todo mundo
ganhava, ninguém assumia. Hoje, fala-se mais abertamente,
embora não haja lei sobre o assunto.
Pois então: na rádio superbacana, pode ou não rolar jabá?
Será que, para provar que está longe dos trambiques, essa
emissora deveria chutar o balde, tocando só o que desse na
telha dos programadores?
"Escuta Aqui" e o roqueiro nacional estão de acordo: não dá
para transformar a programação em algo aleatório, que não
repete músicas só para provar independência.
� preciso ter alguma sistematização, algo a que o ouvinte se
acostume. Exemplo dessa linha "independente, porém com rumo"
é a sempre elogiada Indie 103, de Los Angeles
(www.indie1031fm.com). A linha-mestra é a seguinte: tocar só
as melhores faixas de cada disco. E que discos são esses?
Basicamente, os dos nomes "indie" que estão bem no momento,
mais clássicos alternativos dos anos 80 e 90.
A Indie 103 não torra a paciência apresentando uma mesmo
música 80 vezes. Mas também não embarca na piração total de
vasculhar o arquivo e tocar, no horário nobre, a faixa 15 de
um grupo de rock progressivo siciliano dos anos 70.
Mas, e o jabá? O que fazer com ele no Brasil? Buscar a pureza
total, ficando longe disso, ou aceitar a bagunça completa de
hoje?
De novo, será que não seria possível um meio termo? Alguma
regulamentação clara que explicitasse números e porcentagens,
que não deixasse dúvidas sobre quanto e para quem é preciso
pagar para que uma música toque? Ou será melhor manter a
hipocrisia atual, situação de fato que não encontra respaldo
no papel?



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�lvaro Pereira Júnior, 41, é editor-chefe do "Fantástico" em
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PLAY - "Coração Envenenado", Dee Dee Ramone
Sonhos, sucesso, dinheiro, drogas, paranóia, morte. A linha
do tempo, tantas vezes repetida na história do rock, aparece
com clareza brutal nessa autobiografia de Dee Dee (1952-
2002), baixista dos Ramones. Leia e tente dormir.

PLAY - "Y Control", Yeah Yeah Yeahs
Aos poucos, descobrem-se pérolas em meio ao irregular
álbum "Fever to Tell" (2203), dos Yeah Yeahs Yeahs. Nessa "Y
Control", a vocalista Karen O mostra seu principal dote:
imitar o timbre e as inflexões da überdeusa Chrissie Hynde.

PAUSE - "Girls", Prodigy
Essa é a primeira música do álbum novo do Prodigy que toca em
rádios espertas mundo afora. Bacana, mas não há como não
pensar que o planeta talvez não precise mais do Prodigy,
grande banda que hoje soa cada vez mais datada.


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segunda-feira, agosto 30, 2004

apjr

ESCUTA AQUI

A Olimpíada e o rock
Ã?LVARO PEREIRA JÃ?NIOR

Quando você estiver lendo esta coluna, a Olimpíada já terá
acabado. Se muita coisa deu certo, o Brasil, a duras pe- nas,
se segurou entre os 20 países com mais medalhas.
Tantos e tantos atletas brazucas que a gente julgava serem
grandes nomes de nível mundial, capazes de disputar primeiras
colocações, acabaram lá em quadragésimo lugar, desmaiando
durante as provas, vomitando, muitas vezes desistindo antes
do final.
As medalhas, poucas e raras, não refletem em nada a situação
do esporte no país. São casos isolados, de gente que treina
sem patrocínio ou apoio oficial. Heróis, anomalias
estatísticas.
Muito bem, já gastamos três parágrafos falando dos Jogos
Olímpicos e você deve estar se perguntando: aonde esse cara
quer chegar, o que isso tudo tem a ver com rock?
Pois tem muito a ver com o rock brasileiro. Nossas bandas
locais, sejam as de sucesso, sejam aquelas que ainda batalham
no mundo "indie", raramente têm gás para fazer sucesso fora
daqui.
Assim como a grande maioria de nossos atletas olímpicos, os
roqueiros do Brasil têm fôlego restrito. E não por causa de
alguma competência inata, vocação genética ao fracasso. O
rock brasileiro tem alcance apenas local por causa de um
único fator: isolamento.
Os grandes shows do circuito mundial não passam por aqui.
Jovem brasileiro não cresce vendo, ao vivo, grandes bandas de
projeção mundial. E pior: equipamentos e instrumentos custam
uma fábula, completamente fora da realidade dos minguados
salários pagos em nosso país.
� a mesma coisa com os atletas. Há poucos torneios
importantes acontecendo por aqui, viajar o mundo custa caro e
acontece raramente. Na hora da Olimpíada, os adversários
todos se conhecem de outras competições, mas os nossos
brasileiros caem de gaiatos na roubada.
Imagino que nem todas as bandas brasileiras sejam horríveis,
assim como vários de nosso atletas tenham grande potencial.
Mas sucesso paroquial não enche a barriga de ninguém.
Então, quando alguém vier com aquele papo de que as bandas do
Brasil estão na vanguarda da música planetária, que chegou a
hora do rock brazuca, que nós estamos revolucionando a música
jovem da Terra, pode ficar de pé atrás. Olhe para o quadro de
medalhas dos Jogos de Atenas. � lá que está a verdade.


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�lvaro Pereira Júnior, 41, é editor-chefe do "Fantástico" em
São Paulo
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PLAY - A volta do Helmet
O leitor Carlos Eduardo Igaz avisa que uma das bandas mais
importantes dos anos 90, o violento e cerebral Helmet, está
de volta. Mais informações: www.helmetmusic.com.

PAUSE - Franz Ferdinand em clima de jazz
São dois lados b: "Better in Hoboken" e "Forty Feet", em que
a banda vem intimista, quase acústica, "jazzy". Bacana, mas
FF é melhor do jeito que é de verdade: animado.

EJECT - Crise do Trail of Dead
Fechou o tempo para uma das bandas prediletas de "Escuta
Aqui", a violenta e desmiolada ...And You'll Know Us by the
Trail of Dead. O baixista caiu fora. Calma, rapazes!


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sexta-feira, agosto 20, 2004

MUSICA

Bandas tocam no V Festival, na Inglaterra, que tera nos proximos dias
Madonna, 50 Cent, Morrissey e White Stripes

Strokes e Pixies abrem "maratona rock"
LUCIO RIBEIRO
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

E para ingles ver e enjoar. De Madonna a Donnas. Do megaconhecido Morrissey
ao megadesconhecido Sons and Daughters. Do espalhafatoso Darkness as
recatadas garotas do 5.6.7.8's, que, tirando os japoneses, so quem assistiu
a "Kill Bill" conhece. A esse caldo, junte Strokes, Pixies, Franz
Ferdinand, Green Day, 50 Cent, Libertines, Dido, Pink, The Killers, White
Stripes, o rap e a eletronica.
Mais de 400 nomes que falam alto a musica jovem recente e nao tao recente,
dos mais estelares aos mais underground, se apresentam nos proximos dias em
Londres e arredores, em dois supereventos badalados, um festival novo, em
lugares gigantes como o Wembley Arena ou nos varios clubinhos da capital
inglesa.
Amanha e domingo, cerca de 70 mil pessoas pegam o caminho do Hylands Park,
area verde encravada na cidadezinha de Chelmsford (55 km a nordeste de
Londres). O endereco e o do V Festival, o anual evento bancado pelo
conglomerado Virgin.
Esta edicao de 2004 apresenta no domingo um interessante encontro de dois
gigantes do rock independente americano, cada um a seu tempo. Os Strokes
fecham o palco principal do evento ja dando mostra de seu novo disco, o
terceiro, que esta sendo gravado em Nova York. A banda, que chacoalhou o
novo rock em 2001, (ainda) esta cotada para tocar no Brasil ainda neste
ano.
Logo antes dos Strokes entra em cena a reformada banda Pixies, seminal
banda da virada dos 80 para os 90 que depois de decada separada
protagonizou a volta a ativa mais celebrada dos ultimos tempos. A
celebracao do encontro de Strokes e Pixies fez a edicao do V ter seus
ingressos esgotados meses antes do evento.
Na mesma hora de Pixies e Strokes, o Massive Attack e a banda Starsailor
vao puxar o palco secundario, enquanto Primal Scream e Groove Armada
comandam a arena de eletronica.
Os artistas principais da primeira noite do V 2004, amanha, sao os
popularissimos (por la) Dido e Muse, no palco principal, e os meninos do
Kings of Leon.
Quando Pixies e Strokes estiverem guardando suas guitarras para deixarem
Chelmsford, neste domingo, a cantora Madonna vai estar recolhendo todos os
seus figurinos depois de apresentacao em Londres, na primeira de sua
residencia de quatro noites no colossal Wembley Arena.
A Re-Invention Tour 2004, que comecou em maio em Los Angeles, e a primeira
turne de Madonna em tres anos, e Londres respira Madonna nas ruas, revistas
e jornais. Mas, ainda assim, nenhuma das quatro noites esta esgotada.
A mesma cidade que abriga Madonna vai ter, ainda na semana que entra, shows
de todos os tipos e tamanhos, como o da sensacao The Killers (Las Vegas), o
dos veteranissimos MC5, herois do rock alternativo americano, alem de Bloc
Party, Futureheads e The Cribs, bandas da falada novissima geracao da
musica britanica.
Ate que chega o outro final de semana. E a coisa complica de vez. Na sexta,
dia 27, comeca o espetacular Reading Festival, cujo slogan e "talvez o
principal encontro de publico jovem, grande atmosfera e boas bandas de rock
do planeta". Em tres dias entram em acao cerca de 140 atracoes. Tudo
espalhado em uma fazenda no meio da cidade universitaria de Reading, que
fica a 40 minutos de trem de Londres, mais ou menos.
O festival deste ano e encabecado, em seu palco principal, pelo gigante
Darkness e pelo Offspring (na sexta), pela excelente linha formada na
sequencia por Franz Ferdinand, Libertines, Morrissey e White Stripes
(sabado) e Green Day e 50 Cent fechando o domingo e o festival em si.
O que reune mais expectativa e o line-up do sabado, que termina com a volta
ao Reino Unido do meteorico grupo escoces Franz Ferdinand, depois de uma
bem-sucedida turne por Australia, Japao e EUA; tem o Libertines, pronto
para explodir com o ja badalado segundo disco "The Libertines", que nem foi
lancado ainda; o sempre respeitado Morrissey; e o White Stripes, que fara
seu ultimo show do ano.
Da enorme lista de atracoes do Reading 2004, 50 Cent (Chimera Hip Hop), LCD
Soundsystem (Sonar Brasil), 2 ManyDJs/Soulwax, Kinky e Dizzee Rascal (Tim
Festival) e MC5 (Goiania Noise) tem o Brasil em sua agenda futura de shows.
Paralelamente ao Reading, mas em Londres mesmo, e no mesmo final de semana
do feriado bancario, os famosos jardins vitorianos de Kings Cross recebem
em oito palcos ao ar livre outra carga de cem atracoes da nova musica.
O Cross Central Festival, armado pela primeira vez, reune badalados DJs
como Derrick Carter, Erol Alkan e Mark Farina, novos grupos como British
Sea Power e The Others e os modernosos LCD Soundsystem, Chicks on Speed,
Ladytron e Soul II Soul, que vem ao Brasil para ser destaque no Brasilia
Music Festival - Electronic, em setembro.



segunda-feira, agosto 16, 2004

ESCUTA AQUI

O massacre das crianças
Ã?LVARO PEREIRA JÃ?NIOR

Numa ilha deserta do arquipélago japonês, 42 adolescentes têm
de cumprir uma ordem do governo: matarem-se uns aos outros.
Eles estão lá contra a vontade. Foram drogados, dormiram e,
ao acordar, viram-se dentro desse pesadelo sem escapatória: a
Battle Royale, uma batalha sangrenta e real, que só acaba
quando resta um único sobrevivente.
O cenário é um Japão neofascista, com desemprego alto e
desprezo dos jovens por todo tipo de autoridade. Nas escolas,
professores são maltratados, humilhados. Quando os alunos se
dignam a aparecer.
Num ato extremo para moralizar o país, o governo edita o Ato
Institucional da Batalha Real. Segundo essa lei -represália
extrema ao afrontoso comportamento juvenil-, todo ano um
grupo de estudantes é escolhido ao acaso para participar da
Batalha Real. Não importa se entre eles há grandes amigos,
namorados, companheiros. Na BR, só existe um vencedor.
Ao chegar à ilha, cada jovem ganha uma arma: pode ser uma
pistola, um fuzil, uma metralhadora, uma foice. Mas também há
quem receba um par de binóculos, uma tampa de panela, um
localizador eletrônico tipo GPS.
A essas alturas, o leitor mais ligado em cinema e bizarrices
asiáticas já percebeu que estamos falando do filme "Battle
Royale" (2000), continuamente citado pelo diretor americano
Quentin Tarantino como principal influência na criação dos
dois "Kill Bill". A adoração é tanta que Tarantino
dedicou "Kill Bill" ao diretor de "Battle Royale", Kinji
Fukasako (1930-2003).
Fukasako, que tinha 70 anos ao filmar "BR", leva a violência
a níveis inimagináveis. Há de tudo: suicídios, garotos
fuzilando os melhores amigos, menininhas cuspindo sangue e
uma cabeça decepada com um granada na boca. Mas são cenas de
tal modo incorporadas à narrativa, e o roteiro é tão
envolvente, que não há nada gratuito ou repugnante.
Nenhum tabu fica em pé nessa obra de arte genial e
devastadora, que no Japão passou em grande circuito comercial
e chegou a número um nas bilheterias (nos EUA, ninguém teve
coragem de lançar).
Pesquise na internet, não deixe de ver.


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�lvaro Pereira Júnior, 41, é editor-chefe do "Fantástico" em
São Paulo
E-mail: cby2k@uol.com.br

CD PLAYER

PLAY - "Fever", Pink Grease
Seis ingleses que fazem a banda Franz Ferdinand parecer um
bando de feios, sujos e malvados. "Fever" é a faixa disco
punk mais gay e irresistível- do ano!

PLAY - "The End of the World", Cure
Quem diria que, depois de décadas de estrada, os tiozinhos do
Cure viriam com uma música tão moderna e, ao mesmo tempo,
100% Cure? Viva o produtor Ross Robinson!

EJECT - "Escuta Aqui"
Há 15 dias, pedi que os leitores explicassem por que acham
legal a banda inglesa Libertines. Prometi publicar a melhor
resposta, mas furei. Semana que vem rola.


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quarta-feira, agosto 11, 2004

Iignorance is Bliss

Nao e massa aquele tipo de pessoa que teve condicoes de estudar, fez
faculdade e tudo mais, porem nao consegue sair do circuito novela das oito,
raul Gil, Tribalistas?

Que coisa deprimente a falta de consciencia em procurar entender a situacao
na qual nosso brilhante pais esta inserido. Temos gente aos borbotoes
cultuando bandas que copiam ate o osso coisas de fora, e ninguem nem
imagina que isso acontece. Temos também os genios da musica popular produzindo em
um nivel sofrivel e todo mundo babando ovo.

A informacao simplesmente nao chega, nao circula! E note, estamos falando
de uma epoca na qual a internet e ferramenta diaria dos elementos supra
citados.

E triste, muito triste. "Sou Brasileiro e gosto das coisas feitas aqui,
mesmo que sejam um lixo." Quer dizer neguinho nem tem nocao que a coisa nao
presta, pois nao tem referencia para comparacao.

Puta falta de senso critico. E isso na minha opiniao contribui para a
continuidade da mediocridade reinante.

Repetindo: estou falando de gente que fez faculdade de primeira linha. Tem
acesso a informacao, etc.

Abre os olhos mane!!

E olha que tem muita gente com muitissimo menos condicoes que e antenado e
consegue furar o bloqueio imposto pelo "homem" (como diria Black Jack).

A coisa é extensa. Mais pitacos em breve!





Massari, forastieri,Orozco, e mais a galera do garagem destruindo Caê! Posted by Hello

Não deixa de ser emocionante a galera toda empenhada e diminuir a quantidade de lixo no mundo! Posted by Hello

Resultado da destruição! Posted by Hello

Paulão, agora na versão Ana Maria Unplugged detona Caê Posted by Hello

Até o Massari entrou na dança! Posted by Hello

Trovão dando uma forcinha! Posted by Hello

Trovão arregaça Caê! Posted by Hello

Destrói Posted by Hello

Mete bronca! Posted by Hello

Destroi Posted by Hello

quebra!!! Posted by Hello

Galeria de Fotos.jpg

 

Brixton Academy Posted by Hello

NYT

The Pixies Get Their Act Together
Published: August 8, 2004

(Page 2 of 3)
The songs are full of musical and verbal non sequiturs, but skewed as they
were, a decade and a half later they sound like irrepressible pop. And at a
time when rock has grown sodden with earnestness and self-pity, the Pixies'
songs sound like a corrective; they're smart, lightheaded, profound and
comic, and they rock with a vengeance.
That was the idea from the beginning. "I got exposed to some Surrealist
films of the 1920's and 30's and 40's or whatever in college, read a couple
of articles, attended a couple of lectures," Mr. Thompson said in an
interview between shows in London. "And I applied all of that in a really
fumbly kind of way to having a rock band. It was going to be quirky but in
a really simple, brief, swift fashion. It was like, `Oh yeah, I'm going to
add something or I'm going to take something away so that it's a little bit
lopsided or whatever.' Because when it's just a foursquare thing, it at
least stands a 50-50 chance of being boring, cliche-ridden,
heard-it-before. When you lop off one corner of it, well, I don't know if
it's boring or not. But it's definitely something that you've not heard
before.
"Now people pursue rock music, and they go, `I have something important to
say, and here's what it is, and ooh, I'm singing it from my heart, too.'
And it's all too serious. And people totally miss out. They totally miss
the fun, Jabberwocky, fun-with-language, fun-with-poetry."
From the beginning, the Pixies were diligent. They practiced five hours a
day, four days a week, in Mr. Lovering's garage. "We wouldn't be able to
play if we didn't figure out what we were going to play," Ms. Deal
recalled. "We could not jam. I still can't jam."
They invested $1,500 to make a demo tape that eventually yielded songs for
the band's punk-flavored 1987 debut EP, "Come On Pilgrim." With the
producer Gil Norton polishing their dynamics, the Pixies went on to make
two indelible albums, "Surfer Rosa" (1988) and "Doolittle" (1989), and two
solid ones, "Bossanova" (1990) and "Trompe le Monde" (1991). And they
toured steadily for five years, from hole-in-the-wall punk clubs to
European rock festivals.
The grind of traveling gradually frayed the band. "It's intense being on
tour," Mr. Thompson said. "You're cooped up in a bus with a bunch of
different personalities - people you know, people you don't know. You're on
a weird time schedule. Sometimes there's a lot of drinking and drugs and
all, sleep deprivation. It's kind of a weird situation."
By the end of a final tour, opening for U2 and facing audiences that barely
knew them, Mr. Thompson was no longer speaking to Ms. Deal. In 1992, he
dissolved the Pixies via faxes sent from his manager's office. "If I would
have called a meeting or something, then it would have just kind of
devolved into this big discussion," he said " `Oh, come on, Charles. Don't
do this right now.' And I just wasn't up for that. I was just, like, I'm
done. I'm done. Goodbye. There's no discussion, you know what I mean?"
Ms. Deal went on to start the Breeders, who had a million-selling album in
1993 with "Last Splash" but struggled to follow through. Mr. Thompson
renamed himself Frank Black and started writing more straightforward songs
than his Pixies material; Mr. Santiago worked on and off with Frank Black's
bands and started a band called the Martinis with Mr. Lovering in the
mid-90's. More recently, Mr. Lovering gave up drums and was scraping out a
living as a magician until the call came to rejoin the Pixies. He still
keeps a deck of cards close at hand and has sometimes been the Pixies'
opening act. "I love the Pixies," he tells crowds who may not recognize his
name. "I've been to every one of their shows."
The Pixies reunion, Mr. Thompson said, started as a joke. Or maybe it
wasn't exactly a joke, but some combination of wish and strategy. He isn't
about to say. But last July, while on tour with his own band, he was doing
an interview on a London radio station when he was asked the question he
had been asked in every interview he had given for the last 12 years: Would
the Pixies ever reunite? And for the first time, he allowed that there just
might be the possibility of a reunion.
The Pixies Get Their Act Together

Published: August 8, 2004

(Page 3 of 3)
The news zipped across the Internet to fans who had been waiting since the
Pixies ended their six-year career in 1992, and anticipation started to
build. Mr. Thompson had joked with the interviewer that the Pixies were
still jamming and working on new songs, but he also said that any time he
envisioned a Pixies reunion, it was like the classic anxiety dream of being
unprepared in public. Still, in August he quietly held some strategy
meetings with his manager and booking agent. He called Mr. Santiago, who
called Ms. Deal. "I just went, `Oh really?' " Ms. Deal said. "But Joe was
telling me, `This could be a change of school district for me. This is
important to me.' And because of that I said I'd do it."
The band members, now in their 30's and 40's, are temperate on tour these
days. Over dinner, Mr. Thompson and Ms. Deal drank nonalcoholic beer. In
London, Mr. Santiago was joined by his pregnant wife, Linda, and his
year-old daughter; Mr. Lovering played host to his parents.
The Pixies have recorded a new song together, written by Ms. Deal, called
"Bam Thwok," which was originally written for the soundtrack to "Shrek 2."
But the movie company chose a song by Counting Crows instead, and "Bam
Thwok" ended up helping to inaugurate the European version of iTunes.
Marc Geiger of the William Morris Agency, the band's longtime agent, says
he is hoping the Pixies will record a new album early next year. "I have
thought of that concept, yes," Mr. Black said. "I wouldn't mind asking Tom
Waits to produce us. Why not? I like the way his records sound."
But the band members are resolutely not looking ahead. They have kept the
tour as familiar as possible; not just the songs but their business
associates, lighting director and sound man are the same as they were the
first time around. In Brixton, even the backstage caterer was the same as
on the Pixies' last visit to the same theater in 1991.
"There's surprisingly little deja vu on this tour," Mr. Thompson said.
"It's more like just a continuation. It's like there's a bunch of songs. We
played them to death in the late 80's and early 90's for a period of about
five years. So, a bit of a long sabbatical. Now we're playing them again.
And there really isn't any mystery."


From NYT

The Pixies Get Their Act Together
By JON PARELES

Published: August 8, 2004
LONDON
MIDWAY through one of their four instantly sold-out concerts in June at the
Brixton Academy in London, the reunited Pixies charged into "Monkey Gone to
Heaven," a song about apocalypse and faith. The audience - some who had
seen the Pixies between 1986 and 1992, and an equal contingent of younger
fans getting their first glimpse - all knew what to do as Frank Black
started to sing the song's reverse countdown: "If man is five/ Then the
devil is six/ And if the devil is six/ Then God is seven."
At 39, he looked less like a rock star than ever: bald, portly, dressed in
a shapeless T-shirt. He barely glanced at Kim Deal, 43, the band's bassist
and occasional singer. Yet as he worked his way from a strangled, nasal
whine to a shriek, the whole room sang along, and thousands of hands shot
into the air with fingers raised on cue: five, six, seven. The crowd
couldn't have been more enthusiastic if the song, released in 1989, were in
the current Top 10.
The Pixies have been rapturously received since they started touring in
April, and have been one of the few unqualified successes in a summer
filled with foundering tours. Reunions are a staple in the concert
business, as acts from Simon and Garfunkel to the Eagles to Duran Duran to
the Sex Pistols periodically reappear. Affection for the oldies is one
draw; so is the possibility that every reunion is the last chance to see a
group. Nostalgia seems to peak after two decades, and lately the postpunk
bands of the 1980's have been regrouping - among them, Mission of Burma,
which sold out a club tour last year and went on to make a new album.
But the response to the Pixies reunion has been greater by orders of
magnitude. It wasn't just the shows in smaller venues that sold so briskly;
more than 50,000 tickets were snapped up for the Pixies' day at the
Coachella festival, and theaters around the United States have quickly sold
out for multiple dates. The Pixies were to perform at the New York stop of
the Lollapalooza Festival this month, which had already sold 11,000 tickets
when the entire tour was canceled. Instead, they will have New York dates
on Dec. 12 and 13 at the Hammerstein Ballroom. Meanwhile, the company
DiscLive has been offering instant live recordings of every concert by the
reunited group. Those CD's, in numbered limited editions of 1,000 or 2,000,
are selling out, too, and turning into instant collectors' items available
for handsome mark-up on eBay.
Charles Michael Kittredge Thompson IV, a k a Frank Black, who called
himself Black Francis on the Pixies' recordings, claimed to be unimpressed.
Pixies audiences were enthusiastic for most of the group's initial career,
he said. Now, he added, there are more curiosity-seekers. "I'm wondering if
there's a large section of the audience that kind of isn't really getting
it," he said. "That's good. It gives us an opportunity to preach to the
still-not-converted."
It's an arty underdog's attitude that seems to be a holdover from the
band's first time around. The Pixies, who got started in Boston in 1986,
became hit-makers in England and Europe. Yet in the United States, they
never quite broke out of the collegiate rock circuit, even after they were
signed to a major label, Elektra. Those who discovered the Pixies have
cherished their catalog ever since. When the band played Coachella on May
1, one visitor's license plate read, "DEBASR," for "Debaser," the Pixies
song about (among other things) the Surrealist film "Un Chien Andalou."
Black Francis's songs for the Pixies were terse but wild-eyed. As he sang
about the Bible, science fiction, incest or immigration, the music could
sound like punk or country, surf-rock or metal. Joey Santiago's lead guitar
laced the music with twangy little hooks or solos that threatened to skid
right out of the song; Ms. Deal answered Black Francis's hopped-up vocals
with calm, airy responses, and David Lovering's drums paced the music from
brisk to quasi-Latin to booming. Quiet verses suddenly gave way to howling,
stomping choruses - a tactic that would be commandeered by the Pixies' most
influential and grateful fan, Kurt Cobain of Nirvana.


terça-feira, agosto 10, 2004

pixies

Noticia bombastica para fas de Pixies: a cultuadissima banda esta
planejando para 2005 o seu primeiro album de ineditas desde "Trompe Le
Monde" (1991). A informacao foi dada por um dos agentes da banda ao jornal
New York Times na semana passada. Segundo a materia, o vocalista e
guitarrista Black Francis ja teria ate revelado quem ele gostaria que
produzisse o disco: ninguem menos que o veterano cantor Tom Waits. "Gosto
do jeito que seus discos soam", disse Francis.
O Pixies encerrou suas atividades em 1993, em meio a conflitos internos
entre seus quatro integrantes - alem de Francis, o guitarrista Joey
Santiago, a baixista e vocalista Kim Deal e o baterista James Lovering. De
volta aos palcos em abril, a banda segue em uma enorme turne que ja passou
por diversos paises, inclusive o Brasil, no Curitiba Pop Festival 2004. A
primeira faixa inedita da nova fase, "Bam Thwok", foi recentemente lancada
em site de download pago.



segunda-feira, agosto 09, 2004

apjr

ESCUTA AQUI

O escroque "do bem"
Ã?LVARO PEREIRA JÃ?NIOR

Se eu fosse documentarista, faria um documentário sobre
Michael Moore, diretor de "Farenheit 9/11" e "Tiros em
Columbine". Meu documentário, assim como os de Moore,
defenderia uma tese. No caso, a de que Michael Moore é um
escroque, ainda que "do bem".
Meu filme abordaria a relação de Moore com seus empregados.
Daria closes nos contracheques de seus funcionários e
compararia os salários com a média do mercado americano.
Também acompanharia a rotina de trabalho do pessoal.
Mostraria se são bem tratados, se almoçam, se têm folgas. Eu
perguntaria a Michael Moore, na lata, como ele faz em seus
filmes, se ele permite que seus funcionários se sindicalizem.
Meu documentário daria especial atenção aos seus métodos de
trabalho. Deixaria as câmeras grudadas em Moore durante a
edição de um filme dele. Para explicar, por exemplo, como
Moore trata áudio e vídeo. Será que, fiel à realidade, ele só
usa áudio que corresponde à imagem gravada? Ou, às vezes,
mistura áudio e vídeo de situações diferentes, só pelo efeito
dramático?
Filmagens de planos e contraplanos também seriam dissecadas
em meu documentário. Quando Moore saísse para uma entrevista,
eu e meu cinegrafista iríamos junto. Sabe para quê? Para ver
se ele realmente faz aquelas perguntas cara a cara com os
entrevistados, ou se primeiro Moore grava a entrevista e,
depois que o entrevistado vai embora, filma os chamados
contraplanos, em que ele, Moore, agora sozinho, formula as
questões como bem entende (e depois a edição finge que se
trata de uma única situação).
Meu documentário traria uma longa entrevista com Moore. Eu
perguntaria que tipo de formação política ele tem. Que livros
leu, qual pensador mais o influenciou. Imagino que Moore
tenha posições políticas muito mais profundas do que o
presidente Bush, que ele adora mostrar como um completo
imbecil.
Por fim, eu faria uma investigação sobre um recente episódio
envolvendo Michael Moore e o guitarrista Pete Towshend, do
The Who. Segundo o jornal escocês "The Scotsman", Moore anda
espalhando que Towshend é a favor da invasão do Iraque, só
porque o músico se negou a ceder a canção "Won't Get Fooled
Again" (nunca mais vão me enganar) para a trilha
de "Farenheit 9/11".
No "Scotsman", Towshend chama Moore de "provocador" e
fulmina: "Parece-me que esse aspecto de seu caráter não o faz
diferente daquele homem poderoso e teimoso que está no centro
de seu novo documentário".
Ou seja: Towshend compara Michael Moore a George Bush. Como
eu faria no meu documentário.



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�lvaro Pereira Júnior, 41, é editor-chefe do "Fantástico" em
São Paulo
E-mail: cby2k@uol.com.br

CD PLAYER

PLAY - "Mass Destruction", Faithless
Essa é a música que bomba nas rádios gringas bacanas. Dub
acelerado, para dançar até cair, sobre uma letra que detona
Bush sem perdão. Mandou bem o Faithless.

PAUSE - "Party Crashers", Radio 4
A segunda música que mais bomba nas rádios gringas bacanas.
Radio 4, minha banda predileta de NYC, embarcou demais no
punk funk de seus conterrâneos do Rapture.

EJECT - Platéias do filme "Farenheit 9/11"
Na definição de um amigo, as sessões brasileiras acontecem em
clima de comício: há quem bata palmas durante o filme! A
esquerda infantil adora a pieguice...


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Acabe com aquelas janelinhas que pulam na sua tela.
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quinta-feira, agosto 05, 2004


Coachella 2004-Radiohead Posted by Hello

Coachella 2004-Pixies Posted by Hello

Coachella 2004-Flaming Lips Posted by Hello

Coachella 2004-Kraftwerk Posted by Hello

Coachella 2004-Black Rebel Motorcycle Club Posted by Hello

Tem coisa mais legal que um carinha como esse? Posted by Hello