quarta-feira, julho 20, 2005

É Glauco, foi típico.

Foi mesmo típico assistir a volta por cima do Luizão, encontrando novamente
o prazer de jogar bola depois de tudo. De toda a recuperação e superação. De
ter encontrado um clube que tenha estrutura para devolver o atleta aos
gramados . Típico ver o cara enxugar as lágrimas no manto sagrado,
ovacionado por mais de setenta mil pessoas.

Típico assistir o Amoroso jogando o fino da bola com suas jogadas geniais.
Típico ver a raça do Fabão superando todas adversidades. Só não maior que a
raça de nosso xerife Diego Lugano: "Não me sinto Brasileiro ainda. Mas posso
dizer que eu já sou São Paulino". Não há raça maior que um time sem estrelas
onde jogadores como Mineiro e Josué, com muita humildade e respeito
conferiram um equilíbrio ao time poucas vezes visto. Estrelas não fazem
falta onde tais elementos estão presentes.

Foi típico ver nossa dupla de laterais atuando. Júnior correndo como criança
jogando no campo todo e deixando os marcadores desnorteados. E o que falar
de Cicinho, jogador que cresceu demais nos últimos meses, a ponto de
praticamente assegurar seu lugar no grupo que certamente irá à copa do
mundo, depois de apresentações espetaculares nos gramados Alemães.

Típica foi a raça e determinação de todos: Alex, Danilo, Tardelli, Marco
Antonio, do grande Grafite, que jogou machucado defendendo as cores
tricolores mesmo correndo o risco de não poder ser apresentar à seleção. E o
que falar de Souza, fundamental nas duas vitórias contra o River Plate.
Vitória da raça e da técnica de um jogador que, se irregular em suas
apresentações, na semi-inal mostrou muito futebol e se tornou talismã do
técnico tricolor.

Foi típico a trabalho realizado pelo Cuca, trazendo a base do time que temos
hoje. Foi típico ver o Leão dando um padrão tático e uma postura vencedora
ao grupo. E finalmente foi típico ter o privilégio de conferir o trabalho
que Paulo Autuori deixou impresso no grupo, aprendendo com o grupo e também
transmitindo uma nova postura de comando.

Foi típico ver a torcida lotando o Moruntri desde o ano passado. Acreditando
com fé que era possível repetir as conquistas do passado. E a partir da
crença da torcida, observar que o time inteiro se fechou em um só objetivo:
Ser campeão das Américas novamente! Foi típico escutar setenta mil vozes
fazendo ecoar o nome do grande mestre Telê Santana, iniciador de toda a
paixão do clube da fé pelos torneios internacionais.

E finalmete foi típico ver coroado todo a trabalho do nosso capitão Rogério
Ceni. São doze anos trabalhando para que esse dia chegasse. E ele chegou.
Estão todos gravados na história. São Paulo Futebol Clube. O único clube
Brasileiro três vezes Campeão da Liertadores. Rumo a Tóquio!

Indescritível de acompanhar no estádio toda a trajetória do Campeão. E ter o
privilégio de assistir no Campo pela terceira vez a final, sendo esta última
uma lição de futebol do começo ao fim.

Realmente foi típico.
Saudações Tricolores.

Guilherme Tosi é São Paulino em tempo integral e engenheiro nas horas vagas.

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